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Leia mais:SJC apresenta modelo prisional catarinense no I Encontro de Diretores de Unidades PrisionaisO Secretário de Justiça e Cidadania (SJC), Leandro Lima, disse hoje durante o I Encontro de Diretores de Unidade Prisionais, na sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em Brasília, que o agente precisa ressignificar o seu papel e atuar como operador do sistema. “Temos que integrar todas as pessoas que estão fazendo a roda girar. Na medida em que o servidor passa a ter uma visão ampla do seu trabalho, começa a visualizar o seu espaço de atuação.”
O I Encontro de Diretores de Unidades Prisionais é um evento promovido pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e busca estimular a troca de saberes entre os gestores das unidades. Até sexta-feira (26) 300 diretores de penitenciárias e presídios estarão debatendo assuntos relativos ao sistema como enfrentamento ao crime organizado, Inteligência no sistema prisional, atividade laboral e estratégias conjuntas de segurança pública envolvendo Depen e secretarias de Justiça dos estados.
Durante sua palestra nesta quinta-feira (25), para cerca de 300 gestores de todo o país, Leandro Lima apresentou o sistema prisional de Santa Catarina que hoje conta com cerca de 22 mil presos, sendo que desses 31% estão trabalhando nas unidades e recebendo um salário da empresa que o contrata. “Do salário recebido pelo preso, 25% são destinados ao Fundo Rotativo da unidade e os outros 75% vão para uma conta do detento.” Para se ter uma ideia do que o Fundo Rotativo representa, no ano passado, somados os valores arrecadados em todas as unidades, R$ 24 milhões retornaram para o sistema. Os recursos são usados para melhorias nas unidades prisionais.
Além do trabalho, o ensino também tem ganhado destaque no sistema catarinense. Atualmente existem 4,3 mil presos estudando no ensino formal e profissionalizante e, no ano passado, 980 presos realizaram cursos profissionalizantes pelo Pronatec.
Outro desafio é o aumento no número de vagas, já que hoje o déficit é de 4,2 mil vagas. O crescimento da população carcerária também é um problema a ser enfrentado visto que em média 9,4 presos por dia ingressam no sistema. “Não podemos nos apequenar frente aos desafios que o sistema nos impõe. Temos déficit de vagas e dificuldades para abrir novas vagas, mas seguimos ampliando o número de presos trabalhando e estudando. Além de qualificar o preso e abrir uma possibilidade para sua reabilitação social e econômica, o trabalho e o estudo são estratégias de segurança para o sistema”, observou.
O diretor do Depen, Fabiano Bordignon, reiterou a importância da troca de experiências entre os dirigentes prisionais. “O ministro Sérgio Moro tem destacado que o Ministério deve enfrentar o combate ao crime organizado, ao crime violento e à corrupção. Para o Depen, dentro desses principais objetivos ficaram atribuições como a ampliação da geração de vagas no sistema prisional e ações de retomada do controle das unidades prisionais. Esse encontro de diretores tem o objetivo de aprimorar e retomar o controle daquelas unidades onde o crime organizado assumiu um protagonismo”, afirmou.
Segundo ele, o protagonismo e a liderança dos diretores de penitenciárias são fundamentais para que o ambiente prisional seja de disciplina e ordem.
“Hoje, o problema de novas vagas não se resolve apenas construindo presídios, mas também como operacionalizar as unidades. Para isso, precisamos automatizar os presídios. Também a gestão prisional e a retomada do controle das unidades passam por ações de inteligência”, destacou Bordignon.
De acordo com o diretor de Políticas Penitenciárias do Depen, Sandro Abel, o encontro é essencial para a melhoria do Sistema. “Nosso objetivo é unir todos os diretores para a troca de experiências, divulgar boas práticas de unidades que possam ser implementadas em outros locais e melhorar os procedimentos de controle, acesso e atividades laborais dos internos”, acrescentou Abel.
Boas Práticas
Uma das iniciativas do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) é o incentivo às boas práticas como, por exemplo, a ampliação da oferta de trabalho para os internos.
Dados preliminares do Infopen mostram que, em 2017, 17,59% dos presos do país exerciam alguma atividade laboral. Os maiores índices estavam nos estados de Rondônia (35,47%) e Santa Catarina (31,22%).
O diretor do Departamento de Administração Prisional de Santa Catarina, Deiveison Querino, explica que, desde 2011, o Sistema Prisional do estado passou a focar na ressocialização do apenado por meio de atividades laborais, educacionais e disciplina.
“As principais unidades na região serrana estão adequadas nestas premissas. A Penitenciária de Curitibanos é um exemplo, com 100% dos presos trabalhando”, comentou Querino.

Leia mais:Internos de Chapecó aprendem a fazer geleia em curso oferecido pela Udesc

Os internos do Presídio Regional de Chapecó tiveram a oportunidade de aprender a fazer geleia nesta segunda-feira (22), por meio de uma formação oferecida pelo curso de graduação em Engenharia de Alimentos da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Oito reeducandos do presídio concluíram a aula e terminaram a lição degustando as geleias feitas durante o curso. Além dos conhecimentos sobre o processo das geleias de sabores variados, os presos também aprenderam as regras de higiene recomendadas para o preparo delas. O curso se deu graças a articulação da Universidade com a direção do Presídio Regional de Chapecó e a Cordenação de Projetos Especiais da SJC.

Leia mais:Acadejuc amplia cursos para capacitação de servidores da SJC

Desde o início do ano, a Academia de Justiça e Cidadania (Acadejuc) realizou 36 eventos de capacitação. No mês de abril estão programados 17 cursos e até o momento 786 capacitações foram realizadas.

Um dos enfoques da academia tem sido capacitar os agentes penitenciários e socioeducativos a utilizar o Sistema de Gestão de Protocolo Eletrônico (SGPe), uma ferramenta digital de transparência que deve aprimorar a agilidade e celeridade da administração pública, com enfoque no programa Governo sem Papel. O treinamento é necessário uma vez que todos os processos dos departamentos da SJC estão tramitando por meio digital, assim como em todo Executivo Estadual, o que representa uma economia de R$ 29 milhões, considerando apenas os gastos com material de expediente e despesas com transporte e digitalização de documentos. A Acadejuc já ministrou 16 eventos de capacitação do sistema, passando por todas as regionais do estado.

Além do treinamento em SGPe, a Acadejuc ainda ofereceu cursos para os agentes nas Unidades Prisionais e Socioeducativas que trabalham na ponta, como renovação de porte, habilitação em diferentes calibres, Inteligência e Intervenção Tática Prisional, além de contemplar áreas administrativas com cursos como Gestão de Pessoas e o próprio SGPe.

Confira abaixo os cursos disponíveis para agentes prisionais e socioeducativos:

23 a 25 de abril - Intervenção Tática Prisional no Planalto Serrano

22 a 24 de abril - Básico de Escolta Armada na Grande Florianópolis

25 e 26 de abril - Noções de Inteligência para a Regional Oeste

23 e 24 de abril- Sistema de Gestão de Protocolo Eletrônico para a Regional Oeste

23 a 25 de abril - Habilitação em Fuzil - Regional do Médio Vale do Itajaí

26, 29 e 30 de abril - Habilitação em Fuzil para a Regional do Planalto Serrano

Departamento de Polícia Penal

Rua Fúlvio Aducci, 1214, 6ª andar - Estreito

Florianópolis - SC - CEP 88.075-000.

Telefone: (48) 3665 7310  - Horário de atendimento das 12:00 às 19:00 horas.

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